Comemora-se amanhã o Dia Mundial do Livro.
Por decisão da UNESCO, este dia celebra-se desde 1996. A escolha do dia 23 de Abril tem a ver com a coincidência da morte, neste dia, de escritores como Cervantes ou Shakespeare.
A ideia inicial da comemoração do Dia Mundial do Livro teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, é oferecida uma rosa a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.
Aqui te deixamos dois poemas de José Jorge Letria para assinalar este dia.
Cartaz de José Manuel Saraiva
Cartaz de José Manuel Saraiva
Apetece-lhe chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhe irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhe irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.
José Jorge Letria, Poetas de hoje e de ontem
Abre-se o livro
em qualquer página
e cabe nele um dia ou um ano,
cabe nele a sabedoria,
o romance e a poesia,
cabe nele o conhecimento
e a luz que nem do pensamento;
cabe nele tudo o que somos,
desde que gostemos de ler,
porque ler é aprender,
sendo também liberdade e prazer,
cabe nele o mundo inteiro,
escrito em computador
ou com tinta de um tinteiro,
e de tudo isso falará neste dia
o leitor verdadeiro,
que do livro, por ser livre,
será sempre amigo e companheiro.
em qualquer página
e cabe nele um dia ou um ano,
cabe nele a sabedoria,
o romance e a poesia,
cabe nele o conhecimento
e a luz que nem do pensamento;
cabe nele tudo o que somos,
desde que gostemos de ler,
porque ler é aprender,
sendo também liberdade e prazer,
cabe nele o mundo inteiro,
escrito em computador
ou com tinta de um tinteiro,
e de tudo isso falará neste dia
o leitor verdadeiro,
que do livro, por ser livre,
será sempre amigo e companheiro.
José Jorge Letria, O Livro dos Dias
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